O processo de pesquisa na busca da construção de uma corporeidade que me dá acesso a tudo que abri mão em busca de aceitação onde se perdeu parte daquilo que já existia para dar lugar a um novo corpo temporário que é limitado e amedrontado, mas que passou mais tempo do que podia imaginar, que apesar de acreditar que havia trancado alguém, na verdade havia se trancado e passa assumir a forma quadrada que o espaço tinha.
Ainda que novos deslocamentos aconteceram com o objetivo de talvez retornar ao exato ponto onde havia aberto mão de si, nada mais é como um dia foi. A insegurança abre espaço e assim tudo seja revisitado para construção de um novo corpo, dessa vez encruzilhada, onde todas as experiências ganham forma, onde o certo e errado se atravessam, onde o que era e o que é criam um terceiro corpo, onde não existam inícios que não sejam também finais, onde o desejo por crescer e desenvolver tenham gritos tão ensurdecedores quantos os que temem por como será repreendido e julgado.
Ao passo onde tudo é dúvida e caos, o processo se revela ao longo da pesquisa que não existe linearidade nessa busca, as referências existem e todo o percurso fez-se necessário para que fosse possível que as memórias e sentimentos que vinham antes do que existe no agora fossem aos poucos acessadas.